A propriedade está na família desde os anos 90, quando a atividade principal era a bovinocultura de corte, a qual predominou durante quase 30 anos e resultou em solos degradados e compactados. Essa situação foi constatada com a ida do casal Carline e Gleison para a propriedade em 2015, que desde então, iniciaram a busca por formas sustentáveis de produção de alimentos para a propriedade. Com essa inquietação, a proprietária começou a plantar uma pequena horta agroecológica para a subsistência da família no quintal da casa, aplicando assim alguns princípios aprendidos nos materiais de Ana Maria Primavesi. Em 2020, durante a pandemia, um grupo de biólogos apresentou a Agrofloresta, um sistema de cultivo agrícola consorciado com espécies arbóreas, utilizando uma agricultura de processos e não de insumos e que muito tem em comum com a agricultura natural dessa autora. Esse foi o início de uma nova fase do sítio, em que a integração da produção com a natureza, se tornaria uma premissa nas atividades da propriedade, fosse na criação de animais ou na produção de hortifrutis! Hoje o foco está concentrado nas culturas de roça, tais como batata doce, cenoura e abóboras, que servem de matéria prima na confecção de pães de fermentação natural na Nutripães em Campo Grande (MS). Outra atividade é o agroextrativismo do Baru, uma amêndoa considerada de alto valor nutricional do nosso Cerrado, que é beneficiada pela propriedade e comercializada em feiras e eventos.
O Sítio Primavesi se tornou um local de troca de aprendizados e conhecimentos, devido a realização dos Dias de Campo, do programa de voluntários e às parcerias que tem com instituições educacionais e entidades de pesquisa, podendo se tornar uma referência para os futuros aprendizes de Agrofloresta no nosso Estado.