Hoje, dia 3 de dezembro, é o Dia Mundial de Luta Contra os Agrotóxicos, data escolhida em memória do incidente ocorrido em 1984, na cidade de Bhopal, na Índia, quando um vazamento de 40 toneladas de gases letais de um tanque subterrâneo de uma fábrica de agrotóxicos da Union Corbaide matou oito mil pessoas. Outras 150 mil foram intoxicadas e ficaram com doenças crônicas que exigem tratamento médico até os dias de hoje e uma segunda geração de crianças continua a sofrer os efeitos da herança tóxica.
Mas ao invés de avanços no combate ao uso indiscriminado e irresponsável dos agrotóxicos, vemos no Brasil, neste 3 de dezembro, um imenso retrocesso com a aprovação do Pacote do Veneno pelo Senado Federal. No dia 28 de novembro, os senadores votaram a favor do Projeto de Lei 1459, que é conhecido como o PL do Veneno ou o PL dos Agrotóxicos, que vinha tramitando há muitos anos no Congresso Nacional.
Foram mais de 10 anos de articulações e trabalho de várias entidades do movimento social tentando barrar a flexibilização do registro de novos agrotóxicos no Brasil, lutando para que tivéssemos uma redução do uso de substâncias tóxicas e nocivas para a saúde humana e do meio ambiente. Mas, infelizmente, esse projeto foi aprovado e vai agora à sanção da Presidência da República.
Por isso, o Instituto Brasil Orgânico, junto ao Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida e outras entidades que compõem a campanha, lançaram um manifesto ao presidente Lula pelo veto integral ao Projeto de Lei 1459/2022.
O manifesto foi entregue ao presidente durante uma reunião ocorrida neste sábado (2), com representantes da sociedade civil, na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, a COP 28.
Confira a íntegra e assine o documento.
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