Quem somos

um Brasil mais orgânico

O Instituto Brasil Orgânico tem como organismos de gestão, um Conselho e uma diretoria. O Conselho tem como papel principal o de zelar para que a entidade trabalhe sempre com ética e independência, respeitando os princípios que deram origem ao movimento orgânico brasileiro, tendo como membros representantes de diferentes segmentos do movimento, com reconhecida história de contribuição para o fortalecimento da produção orgânica. A Diretoria é o órgão colegiado de gestão executiva, diretamente subordinado ao Conselho.

Conheça os membros que compõem, atualmente, esses dois organismos.

Conselho

Alexandre Huberto Harkaly

Formado em Agronomia, pela ESALQ, Escola Superior Agricultura Luís de Queiroz, em 1980, fez vários cursos e estágios em produção orgânica e biodinâmica, na década de 80, na Suíça, Inglaterra, Alemanha, Holanda e Suécia. Nessa mesma época, junto com amigos, fundou o Centro Deméter que se tornou a Associação de Agricultura Biodinâmica – ABD, de onde foi o Diretor Coordenador por várias gestões. Foi do Conselho de Normas da Federação Internacional dos Movimentos de Agricultura Orgânica - IFOAM e Diretor da Deméter Internacional onde é, até hoje, do Conselho de Acreditação. Participou de vários congressos da IFOAM tendo sido parte da equipe que coordenou e organizou o congresso IFOAM de 1992, em São Paulo, na mesma época em que também fez parte do Conselho da Associação de Agricultura Orgânica de São Paulo-AAO. Teve importante atuação em todo o processo de construção do marco legal brasileiro para a produção orgânica, fazendo parte do primeiro GT criado pelo Ministério da Agricultura para regulamentar o setor, que acabou dando origem ao Comitê Nacional de Produtos Orgânicos que gerou a Instrução Normativa nº 007/1999. Continuou a ter intensa participação em todo o processo que culminou com a aprovação da Lei nº 10.831/2003 e toda a sua regulamentação. Com o avanço da produção orgânica no Brasil e a consequente aumento da demanda por certificação, junto com outros sócios, criou o IBD Certificações, de onde é o Diretor Executivo. O IBD é atualmente a maior certificadora de produtos orgânicos da América Latina.

Ana Flávia Borges Badue

Arquiteta formada pela FAU-USP e mestre em saúde pública pela FSP-USP, tem sua trajetória profissional mais como educadora ambiental e articuladora de políticas públicas. Seu mestrado integrou um projeto maior financiado pelo CNPQ de inserção de hortaliças e frutas orgânicas na alimentação escolar (2006-2007) e teve como área de atuação piloto a região de Parelheiros, zona sul de São Paulo. Posteriormente contribuiu na construção da Lei de Orgânicos na Alimentação Escolar do Município de São Paulo, Lei nº 16.140/2015) e na sua regulamentação pelo Decreto nº 56.913/2016. Atualmente preside a comissão de acompanhamento da implementação desta Lei que prevê que, até 2026, 100% de toda alimentação escolar municipal será totalmente orgânica (cerca de 2,3 milhões de refeições por dia). Como gestora de projetos do Instituto Kairós tem atuado na articulação de políticas públicas para agroecologia, segurança alimentar e nutricional e Comércio Justo e Solidário. Integra também o conselho da Associação de Agricultura Orgânica-AAO e a Comissão de Produção Orgânica- CPORG-SP. Participou das articulações para implantação da Feira Municipal de Orgânicos no Tendal da Lapa e depois no Modelódromo do Ibirapuera, bem como da organização da primeira Feira estadual de Trocas de Sementes Crioulas e Tradicionais do Estado de SP. Teve participação na organização de mesas sobre diversos temas da agroecologia nas Feiras Biofach e Biobrazil Fair. Participou da implementação do projeto que visa a ampliar a biodiversidade das plantas alimentícias não convencionais ao cardápio e pedagogia escolar, denominado Viva Agroecologia em São Paulo. Participa de projeto de PANC na horta e alimentação escolar no município de Jundiaí-SP e também de PANC na horta e alimentação hospitalar do Hospital São Camilo de Cotia-SP.

Araci Kamiyama

Engenheira agrônoma formada pela Universidade Estadual de Maringá, em 1991, com especialização em Tecnologias Ambientais na FATEC/SP, em 2002, e mestrado em Gestão de Recursos Agroambientais pelo Instituto Agronômico (IAC). É especialista ambiental na Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável/CDRS da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do Estado de São Paulo. Membro do Conselho Deliberativo da Associação de Agricultura Orgânica (AAO). Autora dos livros “Agricultura Sustentável” (2011), e “Produto orgânico: vamos falar sobre comercialização?” (2017). Autora e co-autora de vários artigos técnicos e científicos relativos à agroecologia e produção orgânica. Sua principal área de atuação atualmente é a Formulação, Planejamento e Implementação de Políticas Públicas para a Agroecologia e Produção Orgânica. Foi diretora no Departamento de Desenvolvimento Sustentável na Secretaria Estadual do Meio Ambiente durante 10 anos. Foi secretária-executiva da Associação de Agricultura Orgânica (AAO), auditora de qualidade do Bureau Veritas Brasil em empresas de processamento de alimentos e bens de consumo. Atuou como consultora do SEBRAE/SP para o Projeto Capacitação Rural, coordenadora do departamento de cursos da Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo (AEASP), extensionista rural na EMATER/ Paraná. Foi presidente da Câmara Setorial de Agricultura Ecológica e membro convidado do Governing Board da IMO CONTROL Instituto de Mercado Ecológico.

Bela Gil

Formada em Nutrição pela Hunter College, em New York, Mestre em Ciências Gastronômicas pela Universidade de Ciências Gastronômicas (UNISG) na Itália, e, é chef de Cozinha Natural, ativista, escritora e apresentadora; há 14 anos vem se especializando em cursos de referência pelo mundo. É apresentadora dos programas Bela Cozinha, Vida Mais Bela e Refazenda, sucessos de audiência na televisão. Com mais de 2,5 milhões de seguidores em suas redes sociais, Bela Gil estreita sua relação com o grande público abordando temas ligados à vida saudável, consumo consciente, maternidade e comida de verdade, destacando a importância da agricultura familiar e da produção orgânica e de base agroecológica. Em defesa do lema “comida de qualidade, todo dia, na mesa de todos” alia-se a parceiros com o mesmo propósito, lançando produtos em parceria com empresas e organizações de referência, para colocar no mercado, desde fraldas de pano à tapioca orgânica. A chef de cozinha, além de cidadã premiada e autora de livros com mais de 500 mil exemplares vendidos no Brasil e em Portugal, apoia diversos projetos sociais e dirige o projeto Bela Infância, que ensina crianças de escolas públicas e particulares de todo o Brasil a se alimentarem melhor e combater a obesidade infantil. É conselheira da ONG Gastromotiva, fundada pelo chef David Hertz para promover transformações sociais por meio da gastronomia, e apoia o Comida Invisível, Slow Food, Greenpeace, e Fairtrade Brasil. Faz palestras por todo o Brasil onde ressalta, sempre, os aspectos sócio-econômico-político-ambiental a gastronomia.

Fábio Ramos

Formado em Zootecnia, pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ, em 1983, com mestrado em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade, pela UFRRJ, em 2006. Desde 1983 presta serviços de consultoria de investimentos e supervisão de projetos no setor Agropecuário, Agroindustrial e Desenvolvimento Rural no Brasil, América do Sul e África, com ênfase na produção orgânica ou voltados para a transição agroecológica. É membro da Câmara Temática de Agricultura Orgânica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Teve importante atuação na construção dos marcos legais brasileiros, para a produção orgânica, com destaque para a regulamentação das normas para a produção animal orgânica, e continua participando dos grupos de trabalho que atuam no processo de revisão dessas normas. Foi conselheiro titular do Conselho de Produção Orgânica e Sustentável (ORGANIS), membro, pela empresa, do Colégio Agricultura Orgânica Conselho de Administração do Estado do Rio, conselheiro do Conselho Regional de Medicina Veterinária e Zootecnia do Estado do Rio de Janeiro (CRMV – RJ). É sócio, Diretor administrativo e responsável técnico da empresa Agrosuisse Serviços Técnicos e Agropecuários Ltda.

Joe Valle

Formado em Engenharia Florestal, em 1994, pela Universidade de Brasília, foi fundador da Fazenda Malunga em 1982, propriedade de 121 hectares em sistemas orgânicos de produção. Participou do grupo que criou a primeira feira orgânica do DF e da Associação de Agricultura Ecológica-AGE, da qual foi presidente em 1999. Começou a atuar na vida pública em 2000, na Emater-DF, posteriormente, em 2004, assumiu o cargo de Secretário de Inclusão Social do Ministério de Ciência e Tecnologia. Foi Deputado Distrital de 2011 a 2018, tendo sido eleito Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 2017. Teve atuação fundamental para a criação, em 2002, do Sindicato dos Produtores Orgânicos do Distrito Federal, tendo sido seu primeiro Presidente. Em 2016 foi eleito Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal-FAPE-DF. Em 2018 decide largar a atividade parlamentar e voltar a se dedicar plenamente a sua grande paixão que é a produção orgânica. Na busca por tornar os produtos orgânicos cada vez mais acessíveis para a população, começa a implantar uma rede de lojas denominada de Mercado Malunga, entrando com força no mercado varejista de produtos orgânicos no Distrito Federal.

José Antônio Espindola

Engenheiro agrônomo com mestrado e doutorado na área de Ciência do Solo, trabalha desde 2003 na Embrapa Agrobiologia, realizando pesquisas em Agricultura Orgânica. Acompanhou o processo de criação da Fazendinha Agroecológica Km 47, um espaço no qual atua juntamente com outros profissionais da Embrapa Agrobiologia, da PESAGRO-RIO e da Universidade Federal Rural do Rio Janeiro (UFRRJ). Nesse espaço, são desenvolvidas ações de ensino, pesquisa e extensão ligadas ao manejo de sistemas orgânicos de produção. Desde 2010, atua como professor do Programa de Pós- Graduação em Agricultura Orgânica, conduzido por meio de parceria entre a Embrapa Agrobiologia e a UFRRJ. Atuou como coordenador do projeto em rede MP1 Agricultura Orgânica, que contou com a participação de 26 Unidades Descentralizadas da Embrapa, no período de 2006 a 2011. Foi Diretor Técnico da Associação de Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro (ABIO), no período de 2017 a 2019 e, atualmente, é presidente do Portfólio de Projetos em Sistemas de Produção de Base Ecológica, além de atuar como membro convidado permanente junto à Câmara Temática de Agricultura Orgânica, representando a Embrapa.

José Pedro Santiago

Formado em Agronomia em 1973, pela ESALQ, iniciou sua trajetória no movimento orgânico em 1979, no Grupo de Agricultura Alternativa, do qual foi coordenador. O grupo deu origem à Associação de Agricultura Orgânica-AAO, em 1989, da qual foi seu primeiro presidente. Desde 1983 passou a atuar como consultor orgânico em várias situações e organizações, começando pela Emater-SE, passando em seguida a ser consultor de orgânicos na Embrapa e atuando como editor técnico do Guia Rural Abril de 1984 a 1995. Ainda na década de 90, foi diretor técnico da AAO, membro do Comitê de Marcas do IBD, gerente geral da Widar - Crédito para Atividades Ecológicas, e vice-presidente da ABD - Associação de Agricultura Biodinâmica. Entrou o novo milênio atuando como técnico da certificadora OIA, foi também o primeiro presidente da Câmara Setorial da Agricultura Orgânica do Ministério da Agricultura, foi diretor do IBD, membro do CPOrg-SP desde a sua criação, gerente de projetos da Associação Beneficente Tobias, membro do conselho curador do Organis. Prestou durante dois anos consultoria técnica e financeira a produtores de Parelheiros, em SP, pela ABD, e é produtor orgânico em um sítio no município de Extrema-MG, desde 1983.

Leonardo Leite Barros

Advogado, formado pela PUC Campinas, possui especialização em Propriedade Industrial, e MBA em Agronegócio FGV. É produtor de carne orgânica no Pantanal sul mato-grossense, produtor de milho e sorgo orgânicos, fruticultor. Sócio de pequena indústria de suco e polpa. Sócio de pequena indústria de processamento de carne orgânica em Campo Grande MS. Presidente da Associação Brasileira dos Produtores Orgânicos – ABPO, que foi criada, em 2001, por pecuaristas brasileiros da região do Pantanal, com o objetivo de sistematizar sua produção para atender aos requisitos da Pecuária Orgânica Certificada. Em 2003, fizeram parceria com a WWF-Brasil, uma ação inédita para uma organização ambientalista. As iniciativas foram desenvolvidas no estado do Mato Grosso do Sul, buscando uma produção sustentável para o Pantanal. Esta parceria deu um passo importante com a criação do protocolo interno de processos produtivos e responsabilidade socioambiental da ABPO, em 2009.

Luiz Carlos Demattê Filho

Médico Veterinário, formado pela UNESP de Botucatu com mestrado em Zootecnia (Nutrição de monogástricos), pós-graduação em Gestão Estratégica do Agronegócio, doutorado em Ecologia Aplicada pela ESALQ e pós doutorado em Gestão de Operações e Sustentabilidade, pela FGV EAESP/GOS. Atua desde 2000 na empresa Korin como gerente de produção, Diretor industrial, Diretor de P&D e Diretor Técnico. Como Coordenador Geral do Centro de Pesquisa Mokiti Okada vem desenvolvendo diversos trabalhos de pesquisa em áreas de interesse do setor orgânico, com destaque aos trabalhos relacionados à produção livre de antibióticos resultando nas produções viáveis da Korin Agropecuária de frangos e ovos livres de antibióticos, promotores de crescimento, quimioterápicos e frangos e ovos orgânicos da Korin. Seu trabalho de doutorado abordando a Construção de Sistemas Agroalimentares Locais e Multifuncionais foi prêmio CAPES de tese em 2015. Tem desempenhando a função de presidente da Câmara Temática da Agricultura Orgânica-CTAO, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento-MAPA, desde 2016. Atualmente é o Diretor Superintendente da Korin Agricultura e Meio Ambiente Ltda, que é a mais nova empresa do Grupo Korin, que atua na área de P&; Consultorias e Serviços Técnicos; e na produção de Bioinsumos e sementes orgânicas.

Marcelo Laurino

Engenheiro Agrônomo, formado em 1979, na ESALQ, onde teve os primeiros contatos com o Movimento de Agricultura Alternativa e com Agricultura Biodinâmica. Envolveu-se efetivamente com a Agricultura Orgânica já no Ministério da Agricultura, quando da publicação da Instrução Normativa nº 007/1999, que criou os Colegiados Estaduais de Agricultura Orgânica-CPOrgs, onde passou a atuar como coordenador. Seu papel foi fundamental ao ajudar para que a CPOrg/SP, nos seus 20 anos de existência, sempre tivesse papel fundamental e de destaque em todas as discussões e construções, sejam dos marcos legais seja das políticas públicas de fomento à produção orgânica. Teve, também, atuação marcante na construção dos procedimentos e rotinas necessários para a implementação dos mecanismos de controle da qualidade orgânica, como o credenciamento dos organismos de avaliação da conformidade orgânica e o cadastro dos organismos de controle social. Desde o início da implementação da Lei nº 10.831/2003, tem atuado nas auditorias de credenciamento e de manutenção de credenciamento tanto de certificadoras por auditoria como de sistemas participativos de garantia. Também tem papel de destaque na orientação e viabilização do cadastramento de organizações de controle social, de agricultores familiares para venda direta de produtos orgânicos colaborando para que São Paulo seja a unidade da federação com maior número de OCSs cadastradas.

Marcos Palmeira

Além de ator de televisão, cinema e teatro, carreira que começou com 5 anos de idade, em 1968, Marcos Palmeira é também produtor de alimentos orgânicos na região serrana do Rio de Janeiro, mais especificamente na Fazenda Vale das Palmeiras. Em sua adolescência conviveu com os índios Xavantes e por conta dessa relação, em 2003 recebeu um pedido de socorro de um cacique Xavante, para ajudar os índios das aldeias São Pedro e Onça Preta, na Terra Indígena de Parabubure, no Mato Grosso, que estavam em sérias dificuldades alimentares e queriam iniciar um processo de produção orgânica de alimentos e desejavam, também, divulgar suas tradições para que as pessoas nas cidades entendessem a importância de manter a cultura de cada povo indígena do Brasil. Em 2004 Marcos liderou uma expedição que acabou dando origem ao documentário Expedição A’Uwe – A Volta de Tsiwari (Tsiwari foi o nome de batismo dado a Marcos Palmeira, pelos Xavantees, quando conviveu com eles na adolescência, que significa “sem medo”). Desse documentário, nasce em 2008, a série A’Uwe, na TV Cultura, um programa dedicado 100% aos povos indígenas, que mostra rituais, conflitos, tradições e histórias sobre as diferentes etnias indígenas.

Maria Beatriz Bley Martins Costa

Empresária, idealizadora e presidente do Planeta Orgânico e coordenadora do Green Rio, portal criado a partir no ano 2000 com o objetivo de promover o conceito da agricultura orgânica, seu papel na saúde e na preservação do meio ambiente e, também, de conscientizar o consumidor sobre a importância do consumo sustentável. Seu portal passou a ser uma referência nacional para quem quisesse saber o que estava acontecendo no movimento orgânico nacional e internacional. Teve papel fundamental em dar visibilidade à produção orgânica no Brasil e no mundo, ao trazer para cá a BioFach América Latina, em parceria com Nuremberg Messe, de 2003 a 2010. Desde a primeira feira realizada no Hotel Glória, no Rio de Janeiro, esses eventos passaram a ser um importante espaço para discussão de assuntos de interesse do setor e de aproximação dos principais atores envolvidos com a produção orgânica brasileira. Em 2012, passou a coordenar a Feira Green Rio, evento de economia verde, com  espaço dedicado a expositores do setor orgânico assim como sua presença na conferência Green Rio. Tem realizado um importante papel nas articulações internacionais sendo membro do Grupo de Agribusiness/Bioeconomia Brasil-Alemanha e do CEAL - Conselho de Empresários da América Latina.

Marilena Lazzarini

Graduada em Engenharia Agronômica pela USP, em 1976 participou do grupo de trabalho que criou o Sistema Estadual de Proteção do Consumidor (PROCON), órgão que dirigiu de 1983 a 1987. Com outras lideranças resolvem criar o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – Idec. Participou ativamente da criação do Código de Defesa do Consumidor e foi protagonista na criação do Fórum Nacional das Entidades de Defesa do Consumidor, criado em 1998, congregando 24 entidades de 13 estados brasileiros. Entre 2004 e 2007 assumiu a presidência da Consumers Internacional, ONG que reúne entidades de defesa do consumidor de 115 países e passou a ser uma referência internacional em consumo sustentável, que educa cidadãos de todo o mundo a observar a origem do produto consumido e o destino dos resíduos que ele gera após o uso. Atualmente continua seu trabalho à frente da Presidência do Conselho Diretor do Idec.

Ondalva Serrano

Formada em Agronomia em 1964 pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – ESALQ escola onde obteve, também, o título de Doutora em Agronomia e da qual foi professora até 1975; também possui pós-graduação pelo Institut Agronomique Mediterraneen du Centre International de Hautes Études Agronomiques de Montpellier, na França. Prestou serviços ao governo Chinês, com equipe multidisciplinar internacional em Agricultura para o Desenvolvimento Local em 1976; foi Diretora de Agricultura e Abastecimento da prefeitura de São Roque, entre 1986 e 1992; Consultora de Educação das Escolas Rurais do Estado do Mato Grosso, também atuou na Rede das Escolas Famílias Agrícolas em vários estados do país, através de contrato com a UNESCO. Sócia-fundadora e Conselheira do Instituto Auá de Empreendedorismo Socioambiental, desde 2009; é sócia fundadora da AAO Associação de Agricultura Orgânica.

Paulo D'Andrea

Engenheiro Agrônomo, formado em 1978, na Faculdade de Agronomia de Pinhal - SP, com especialização em Tecnologia de Alimentos, em 1974, pelo Colégio Técnico/Unicamp – Campinas – SP. Foi membro, desde a sua criação em 2004, da Câmara Temática de Agricultura Orgânica – CTAO, do Ministério da Agricultura, onde participou de todo o processo de criação do marco regulatório da produção orgânica. Foi coordenador do Grupo Temático de Insumos da CTAO. Foi do Conselho Mantenedor do Instituto Superior de Ciências Aplicadas – ISCA, Limeira, SP, até 2017. Iniciou suas atividades como produtor rural em 1979, em Brotas, SP, com produção de citrus, café e grãos. Foi citricultor orgânico, certificado até 2015. Atualmente é Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Microbiol Indústria e Comércio, que desde 2000, é produtora do Microgeo, insumo certificado para agricultura orgânica.

Rachel Vaz Soraggi

Consultora em agricultura biodinâmica e orgânica por mais de 20 anos, atuou principalmente na conversão e manejo biodinâmico de lavouras de café em Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Espirito Santo e Bahia. Participou da Diretoria da Associação Biodinâmica desde sua fundação até o ano de 2010, tendo sido presidenta por dois mandatos,  sempre se envolvendo do com as iniciativas que se relacionavam ao movimento orgânico, no estado de São Paulo.  Foi representante da Associação Biodinâmica na Câmara Temática de Agricultura Orgânica – CTAO, do MAPA, quando participou da construção do marco regulatório da produção orgânica no Brasil. Foi membro da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – CNAPO, órgão gestor da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – PNAPO, representando a CTAO, tendo participado da construção e implementação do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica – PLANAPO. Atualmente está, também, diretamente envolvida na comercialização de produtos orgânicos e Biodinâmicos em feiras livres da Prefeitura na cidade de São Paulo.

Richard Charity

Formado em Engenharia Agronômica pela ESALQ, em 1983, foi produtor biodinâmico, tendo atuado por 9 anos como inspetor do IBD Certificações. Em 2001, começa uma longa trajetória de mais de 10 anos de atuação no Nordeste onde atuou como Gerente Geral da Fazenda Amway Nutrilite do Brasil ali desenvolveu um rico conhecimento para a produção de frutas orgânicas, no semiárido daquela Região. É Diretor da Sertão Verde Projetos e Consultoria, há mais de 24 anos, tendo sempre o foco no desenvolvimento de projetos agroindustriais com ênfase em produtos orgânicos certificados. Teve importante papel na implementação de uma nova visão da forma de fazer o produto orgânico chegar aos consumidores, sendo um dos membros fundadores da ADAO – Associação para o Desenvolvimento da Agropecuária Orgânica, em 1997, no Ceará, provavelmente a primeira experiência de CSA no Brasil. Desde 2013, contribuiu para a formação de mais 8 CSAs no estado de SP (Pirassununga, Leme, Jaú, Araras, São Carlos, São Paulo) com um total de 300 membros consumidores. Atualmente atua, também, como Diretor de Agronomia Latam, da Canopy Growth Corporation, voltada a produção sustentável de cannabis medicinal.

Rogerio Dias

Engenheiro Agrônomo formado em 1979, pela UFRRJ, onde começou seu interesse pelo movimento orgânico tendo, juntamente com outros estudantes, participado da criação do CEA – Centro de Estudos Agronômicos. Em 1982 entra para o Ministério da Agricultura, em Brasília, onde trabalhou até aposentar, em junho de 2017. Na década de 80 foi Presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos do DF, por dois mandatos e Vice-Presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil – FAEAB, período em que participou da organização de Encontros Brasileiros de Agricultura Alternativa-EBAA e da luta, no Congresso Nacional, pela criação da Lei dos Agrotóxicos. Ainda, nessa década, iniciou suas atividades como produtor orgânico e participou da criação da primeira feira de produtos orgânicos do DF e da criação da Associação de Agricultura Ecológica-AGE. Foi cedido, em 1989, para o Governo do Distrito Federal, para ajudar a criar a Secretaria de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia e a Lei Ambiental do DF. Ainda no GDF, dirigiu o Instituto de Ciência e Tecnologia e a Fundação Zoobotânica. Participou da elaboração da Instrução Normativa 007/99, e assumiu a gestão de sua implementação. Coordenou os trabalhos de elaboração e implementação da Lei 10.831/2003 e de sua regulamentação e da criação do Programa Pró-Orgânico que incluiu ações de fomento, à produção orgânica, nos Planos Plurianuais do Governo Federal. Participou, da articulação e construção, em 2012, da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. Em 2018-19 foi Vice-Presidente da Associação Brasileira de Agroecologia- ABA, para a Região Centro-Oeste.

Romeu Mattos Leite

Oriundo de uma família com várias gerações de agricultores, Estudou Medicina Veterinária pela Universidade Estadual de Londrina-PR, onde iniciou sua atuação no movimento orgânico em 1979, quando com outros estudantes, criaram o GIEAA-Grupo Independente de Estudos de Agropecuária Alternativa. Ainda como estudante participou, em 1981, em Curitiba-PR, do 1º EBAA- Encontro Brasileiro de Agricultura Alternativa. Em 1982, teve a oportunidade de estagiar com José Lutzenberger no Rincão Gaia. Em 1986, com apoio da cooperativa COROL, foi para o Japão onde estagiou com o mestre Masanobu Fukuoka. Em 1988 voltou ao Brasil e com mais 4 colegas, adquiriram uma área, em Jaguariúna-SP e fundaram a Vila Yamaguishi visando desenvolver a produção orgânica animal e vegetal, onde mora e trabalha até hoje. Em 1991 participou da fundação da Associação de Agricultura Natural de Campinas e Região que veio a se tornar o primeiro sistema participativo de garantia-SPG, credenciado no Brasil. Teve importante papel na construção do marco legal e das políticas públicas voltadas para a agroecología e produção orgânica brasileira, tendo atuado como Presidente da Câmara Temática de Agricultura Orgânica de 2009 a 2018 e como membro da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica-CNAPO durante toda a sua existência. É atualmente coordenador de Fórum Brasileiro e Fórum Latino Americano de Sistemas Participativos de Garantia e pesquisador líder do WSCC - World Summit of Chicken Culture.

Sérgio Pedini

Graduado em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras (1987), graduado em Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes pelo Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (2008), com mestrado em Administração Rural pela Universidade Federal de Lavras (1993), doutorado em Administração pela Universidade Federal de Lavras (2011) e pós-doutorado pela Universidade de Perugia, Itália (2017). Começou sua militância no movimento orgânico, na década de 1980. Foi inspetor e Secretário Executivo da AAO de 1990 a 1996, de onde é, atualmente, membro do Conselho. É professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais nas áreas de agroecologia, administração, certificação de qualidade e desenvolvimento rural. Atua como pesquisador nas áreas de fair trade (comércio justo) de café, administração (várias áreas), cafeicultura familiar, agroecologia e desenvolvimento rural. Atualmente é coordenador do curso de especialização em Sistemas Agropecuários de Produção, via EaD, para formadores de Moçambique e Coordenador de Sustentabilidade do IFSULDEMINAS. Tem dezenas de trabalhos publicados, com forte destaque para a temática da certificação Fair trade e da produção orgânica.

Teresa Corção

Formada em Design sua profissão, na realidade, é chef de cozinha. Ela é dona do restaurante O Navegador, no Rio de Janeiro, onde adota a eco gastronomia, privilegiando as tradições e pratos nacionais. Todos os alimentos utilizados nos pratos são com base na responsabilidade socioambiental. Como membro do movimento Slow Food, participou em 2002 de um festival gastronômico em Pernambuco onde descobriu o mundo da mandioca. Com o objetivo de utilizar a gastronomia como importante ferramenta de transformação social, unindo ética ao prazer na alimentação, fundou em 2007, junto com outros chefs, a ONG Instituto Maniva e o grupo dos Ecochefs, que basicamente é um grupo de parceiros de agricultores e pescadores familiares. Com visitas de campo para entender os gargalos da comercialização justa da produção, fazem divulgação e promoção dos produtos, compram seus produtos e comunicam o contato dos produtores nos restaurantes e eventos que fazem. Com presença marcante na colocação da alimentação como tema estratégico na educação e na cultura, participou da criação de vários documentários, programas culinários com enfoque educacional e outras ações de educação/conscientização de consumidores sobre a importância de valorizar quem produz e como são produzidos os alimentos que levam para suas casas. Por conta dessa sua trajetória foi a primeira representante da gastronomia a fazer parte CONSEA Nacional.

Valdecir Queiroz

É Técnico em Agropecuária e Agricultura Biodinâmica; sua iniciação na agricultura orgânica deu-se em 1984, pelos ensinamentos da professora Ana Maria Primavesi, num curso de agricultura orgânica promovido pelo centro de capacitação do pequeno produtor em Pesqueira, Pernambuco. Trabalhou em várias empresas de fruticultura e, a partir de 1992, começou seu trabalho como consultor em agricultura orgânica e biodinâmica. Foi fazendo o curso de Biodinâmica que conheceu a pessoa que considera seu tutor, o agrônomo Richard Charity, por meio de quem iniciou um trabalho de consultoria para o grupo Nutrilite. A partir daí, tem se dedicado a prestar consultoria para várias empresas, em diferentes estados. Utilizando essa experiência de campo, desenvolveu um curso prático de agricultura orgânica que denomina como um “curso de mudança de atitude “, onde a principal professora do curso é a natureza, que quando bem “ouvida” consegue convencer até mesmo os mais céticos.

Valter Bianchini

Formado em Agronomia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita, em 1973, especialista em Políticas Agrícolas pela Unicamp e Doutor em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela UFPR. Foi um dos fundadores do Departamento de Estudos Socioeconômicos Rurais (DESER) na qual trabalhou como Pesquisador, atuou como Secretário da Agricultura Familiar no Ministério do Desenvolvimento Agrário, em dois períodos, de 2003 a 2007 e de 2013 a 2014. No intervalo entre esses dois períodos foi Secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná de 2007 a 2010. Ajudou a formular, implementar e executar um conjunto de políticas públicas e programas que contribuíram com a Agricultura Familiar como: PRONAF, com destaque para o lançamento do PRONAF Agroecologia, da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER), onde novamente inovou ao se criar uma linha especial, a de ATER Agroecologia e do Sistema Unificado de Sanidade Agropecuária (SUASA) entre outros. Teve, também, um papel de destaque na implementação da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica com o lançamento do primeiro Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, PLANAPO, em 2013. Atualmente é extensionista da Emater-PR, mas está cedido para a FAO Região Sul. Soma-se a toda essa experiência de vida pública, um grande conhecimento técnico e prático adquirido ao longo de anos como produtor orgânico, numa propriedade no Paraná, que faz parte da Rede Ecovida de Certificação Participativa.

Diretoria

Presidente

Rogerio Dias

Vice-Presidente

Bela Gil

Diretor Financeiro e Administrativo

Oscar de Aguiar Rosa Filho

Diretor Técnico

Fabio Sampaio Vianna Ramos

Diretora de Comunicação

Talita Dias

Diretora Região Sudeste

Aloisa Rodrigues Hirata

Diretora Região Sul

Karina Gonçalves David

Diretora Região Centro-Oeste

Mariane Carvalho Vidal

Diretor Região Nordeste

Valdecir Queiroz

Diretor Região Norte

Ramom Morato

Conselho Fiscal